Via biliar

A cirurgia para retirada da vesícula (a colecistectomia) é realizada para tratamento de problemas na vesícula biliar, principalmente cálculos e pólipos, mas também outras doenças como cálculos nos canais biliares – a coledocolitíase e o câncer da vesícula biliar. É um dos procedimentos mais comuns e rotineiros da cirurgiã do aparelho digestivo.

Existem diferentes técnicas para a realização dessa cirurgia, mas os cuidados no pré e pós-operatórios devem acontecer para todos os pacientes. São eles que garantem a segurança durante o procedimento. Este preparo consiste em avaliarmos o paciente quanto aos seus problemas de saúde, seus antecedentes, sintomas e solicitarmos alguns exames para estratificar o nível de risco do paciente, tanto do ponto de vista da cirurgia, como da anestesia. O tipo de anestesia realizada para essa cirurgia é a geral, no qual o paciente dorme e tem que ser entubado.

Fazemos uma avaliação dos exames relacionados ao fígado e ao pâncreas, para detectar qualquer alteração que justifique mais exames além do ultra-som simples do abdome, que faz parte da avaliação primária dos problemas da vesícula biliar. Antecedentes de pancreatite aguda, icterícia (amarelamento nos olhos) e inflamação na vesícula biliar são considerados, para predizer qual o risco da cirurgia e se haverá necessidade de algum procedimento adicional, como a colangiografia, um exame de raio-X que fazemos durante a cirurgia, em busca de alterações nos canais da bile como os cálculos nas vias biliares (coledocolitíase).

Importante ressaltar que esta cirurgia têm por objetivo a completa retirada da vesícula biliar, e não apenas das pedras, e que conseguimos viver normalmente sem a vesícula, pois ela tem a função apenas de armazenar a bile, que é produzida no fígado com o objetivo digerir a gordura no intestino.

A cirurgia de retirada da vesícula biliar pode ser realizada de duas formas: pela técnica convencional ou aberta e por videolaparoscopia.

A técnica convencional é realizada através de um corte inclinado abaixo do rebordo costal direito, que dá ao cirurgião acesso às estruturas que serão operadas. É indicada quando o abdome do paciente já foi operado e por isso tem muitas aderências, as chamadas bridas, que podem dificultar ou inviabilizar a realização de videolaparoscopia com segurança. Sua recuperação comparativamente à colecistectomia por vídeo é mais demorada, pela realização de uma incisão maior.

A colecistectomia videolaparoscópica é a melhor forma de tratar os problemas da vesícula biliar. A cirurgia é realizada através de 3 ou 4 pequenas incisões no abdome. Realizamos a injeção de gás (não inflamável, o CO2) para “construir” um espaço para entrada de portais com pinças delicadas, e realizamos a cirurgia com o auxílio de uma videocâmera que entra pelo umbigo. A menor invasividade pela realização destes cortes pequenos é a grande vantagem do procedimento e, sempre que possível, optamos por essa via de acesso.

Além de menos dor e da vantagem estética, curto período de internação (abaixo de 24 horas – opera em um dia e sai no outro pela manhã), em aproximadamente duas semanas o paciente está liberado e apto para realizar todas as suas atividades habituais. Dúvidas?? Entre em contato!!